No meu olhar vive a minha alma, calma, a minha saudade do que me fez e faz feliz, e mais do que tudo isso, o meu amor.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Eu Nunca Amei Alguém Como eu te Amei





Letra


Eu nunca amei alguém como eu te amei
Por isso não consigo te esquecer
Esqueça aquilo tudo que eu falei
Mas guarde na lembrança que eu te amo
Há coisas que o tempo não desfaz
Há coisas que a vida pede mais
Se ainda estou tentando me afastar
Meu coração só pensa em voltar
Sorrisos e palavras são tão fáceis
Escondem a saudade que ficou
Mas acho que cansei dos meus disfarces
Quem olha nos meus olhos
Vê que nada terminou
Amor, por tudo isso que hoje eu sei
Não posso nem pensar em te perder
Queria te encontrar pra te dizer
Que eu nunca amei alguém como eu te amei

sábado, 12 de novembro de 2011

Não te podia ter amado mais




Quando muito se fala sobre o certo ou errado
da escolha perfeita ou mal feita
do eram feitos um para o outro
ou nada tinham em comum
O que fomos nós?
Não te podia ter amado mais
não poderia ter-te desejado melhor
não saberia querer-te ou dar-te mais do que dei
A vida tratou-nos tão mal
ou fomos nós que o fizemos
No meio do dia a dia nos perdemos
e aos poucos tornamo-nos dois estranhos
habitando o mesmo espaço
Perdemos a capacidade de dialogar
mas nunca a capacidade de amar
só deixamos de o saber mostrar ao outro
Nunca te esqueci, não o saberia fazer
o tempo tornou doce a dor e saudade
e ajudou a aceitar e perdoar o passado
deixando somente um amor maduro, diferente
Por ti esperei quase que eternamente
até que um dia deixou de fazer sentido esperar
de que vale amar quem não o aceita
de que vale deixar a vida passar ao lado
se isso não vai mudar a realidade
Deixo-te, guardando em mim o teu melhor
mantendo-te vivo no amor que ainda tenho
com a certeza de te ter dado o melhor de mim
e agradecendo-te por me teres ensinado a amar
Não te deixo com rancor, somente com muito carinho
o passado a Deus pertence, e a ele não é possível voltar
mas o que temos em comum liga-nos para sempre
num laço de amor constante que só um filho pode representar.
Graceful light




quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dormindo sobre o assunto





Sinto que devo um pedido de desculpas a quem visita este meu cantinho.
Nos últimos dias, sinto-me mais uma personagem da Disney que um ser real. Neste caso, a “Bela Adormecida”, mas sem o Bela, pois esse não é o meu nome nem o meu caso.
Diria que tenho tido o nível de energia, no mais baixo nível dos últimos tempos, desculpo-me com a época do ano (Outono) ou com os dias chuvosos, mas de facto como disse no post “Outono? Só!!! Porque me apetece hibernar?”, o meu corpo nesta altura do ano inicia o que se pode chamar de hibernação especial e feita à medida para mim.

Devo admitir, que sentir-me assim irrita-me um pouco, pois sei que assim que me sento ou deito para trabalhar um pouco no portátil, as letras e as frases iniciam uma dança, os pensamentos e ideias ficam enevoados, distantes e por mais que leia e releia nada faz grande sentido. Por outro lado, a lista de coisas para fazer aumenta e eu incapaz de reverter o processo ou encontrar uma solução.

É esta a razão que justifica os meus últimos posts aparecerem e desaparecerem e que os mesmos estejam muitas vezes algo inacabados, e sujeitos a alterações posteriores. Eu quero trabalhar neles, tenho a ideia inicial, é só começar a desenvolvê-la, mas assim que me ponho a jeito e relaxo ligeiramente, o meu cérebro inicia uma viagem ao mundo dos sonhos Não-Rem ou Rem, e é ver-me passar por alguns dos possíveis estádios do ciclo do sono enquanto luto para escrever algo coerente. Fica complicado gerir ou vencer esta guerra de vontades, afinal é ele que mantêm e comanda o meu ser, por isso, só me resta fazer-lhe a vontade, com esperança que seja só uma breve fase ou que em breve a bateria se encontre em carga total.



O nosso corpo comunica connosco de tão diversas maneiras que poderia interpretar, esta reacção do meu corpo, como uma resposta do mesmo. Não é raro que quando estamos a passar um período de mudança, tensão, em que existem muitas decisões a serem tomadas, novos caminhos a seguir, ou fases em que situações externas nos condicionam e não temos como o evitar, ou não sabemos como o fazer sem sermos indelicados ou desumanos, o nosso organismo reage e pede atenção.

Sei que estou numa fase em que os pontos de interrogação se multiplicam, em que a situação familiar se sobrepõem à minha vontade, de que tenho de ser a cuidadora, num momento em que deveria e queria ser a cuidada. Mas sei também que não há como parar a vida, o tempo, logo só me resta dar o melhor de mim e continuar, felizmente as férias já se vislumbram no horizonte. Espero que cheguem carregadas de boas energias, novos rumos, esperanças, sucesso e muita força para encarar o ano que se avizinha.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Porque somos tão pouco práticas?



Nós mulheres somos um bichinho curioso, para além de todos os mistérios que rodeiam o universo feminino, existe um mistério que nem nós conseguimos explicar. A nossa capacidade de pôr mil e um objectos numa mala.

Quase nunca precisei de fazer uma mala para viajar, no entanto, sempre me devo ter achado uma super mulher, pois até as simples malas de mão, que nos acompanham no dia à dia, eu encho como se o dia tivesse mais de 24 horas ou eu conseguisse fazer 3 ou 4 coisas ao mesmo tempo. A minha mala consegue trazer dentro dela as coisas mais incríveis, algumas já há um tempo considerável e que quase nunca foram necessárias. Por diversas vezes as despejo sobre a cama e volto a arrumar, para no fim verificar que pouco ou nada acabo por retirar.

Gosto de me considerar uma pessoa prática, racional, mas perante este e outros factos tenho de admitir que não o sou. Senão vejamos, porque levo um livro (às vezes dois) para ler no trabalho ou a caminho do mesmo, se não o vou ler durante o expediente nem durante o caminho pois percorro-o a pé. Porque trago o estojo de maquilhagem nos dias em que não me pintei se já sei que não o irei fazer, pois no trabalho está fora de questão. Porque trago comigo um estojo com n-canetas, lápis e todo o material escolar que o mesmo pode comportar, se um lápis e 4 ou 5 canetas fariam o mesmo efeito.
E mais umas coisinhas intimas que só nós mulheres sabemos serem necessárias. Com tudo isto, as minhas malas reformam-se ao fim de pouco tempo, desesperadas pela má vida que lhes dou.


Sempre pensei nisto quando ia com um enorme peso extra para um exame como se nas 4 ou 5 horas antes do mesmo eu fosse estudar tudo, mas atingiu o ridículo quando iniciei a escolha do que levar para a viagem, quando vi o que tinha conseguido enfiar na mala e o que ainda restava, só deu mesmo para desatar a rir. 




Pois bem, na mala já tenho roupa suficiente para fazer umas férias de 15 dias numa praia algures onde seja agora Primavera/Verão, algo errado aqui? Sim e muito, eu não vou para um lugar quente, eu vou para Londres e só por 5 dias. Que se passa comigo então? Será que algo em mim queria ir rumo ao Sol? Sim talvez, mas a explicação é simples, não gosto da roupa de Outono/Inverno, tenho muito mais roupa de Verão, o truque é usá-la por baixo de camisolas Quechua e esperar pelo regresso do bom tempo. Acho que vou conseguir ficar firme e hirta de tanto frio. Este fim de semana, último antes da viagem, vou refazer a mala novamente, mas já devem adivinhar o que vai acontecer. Será que já alguém se lembrou de dar um curso de como organizar malas para mulheres que acham que têm de trazer o mundo atrás?




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A nossa Verdade




Sou distraia desde pequena, penso que é algo que já não irá mudar. Mas do mesmo modo que não vejo os detalhes, descobri que a minha memória guarda tudo, o que lhe dizem ou o  que ouve. Algumas dessas informações só descubro porque por algo banal, voltam à minha mente sobre a forma de recordações.

Talvez por ter essa capacidade, perco horas estudando as nuances do ser humano, não por que seja essa a minha área de trabalho, mas porque me fascina e me prende no seu mistério. Todo o ser humano é diferente e único, mas na grande maioria, nós queremos mesmo da vida quatro ou cinco coisas basilares e que são comuns a quase todos os seres humanos, amor, família, sucesso, saúde e dinheiro, não obrigatoriamente por esta ordem nem por esta escala de valor.

No entanto, eu hoje queria falar em algo, que todos buscam, prometem e defendem, mas que a cada dia parece mais difícil de encontrar na sua forma mais pura e genuina, a Verdade. 

Devo dizer que raramente desrespeito outro ser humano, pelo menos intencionalmente, não raras vezes tento não ouvir, não saber, mas a certa altura lá estou eu envolta no universo daquele ser. 

Acho maravilhoso e intrigante a Verdade, não porque não a ache essencial e fundamental na maioria das relações (sejam elas de amor, amizade ou trabalho), mas porque a nossa Verdade é única, ninguém ou quase ninguém partilharia a 100%, a nossa noção da mesma.


Como? Bem fácil, senão vejamos, a nossa Verdade é única porque vem normalmente recheada das nossas vivências, da nossa visão do mundo, das nossas crenças e da nossa personalidade. Não pretendemos mentir, senão não a poderíamos chamar de Verdade, mas frequentemente quando falamos, expondo o mais intimo de nós, utilizamos uma Verdade peneirada, refinada num crivo bem fino, protegida, bem pensada, muitas vezes apontando só levemente muitos dos nossos medos, inseguranças ou o que mais nos envergonha. Queremos a Verdade, mas mais do que isso, queremos ser um ser maravilhoso capaz de fazer os outros se interessarem por nós e nos darem a merecida atenção. 

Existe outra razão que nos faz continuar a ser donos de uma Verdade única mesmo quando baixamos a nossa guarda e nos desprotegemos, a nossa Verdade vem carregada do nosso olhar e do nosso eu, como seres especiais e únicos, só o nosso contexto, conhecimento, formação, maturidade emocional e sentimentos poderiam construir a nossa Verdade. Por isso, na maioria das vezes, quando a emitimos, mesmo em situações difíceis, ela tem o poder de nos libertar e dar força para continuar, pois cortada a corrente com o que nos enfraquece só nos resta subir um pouco mais na escada da nossa evolução pessoal.


domingo, 6 de novembro de 2011

É novamente Domingo, logo dia de filme


Olá, como sabem ao domingo o blogue serve para divulgar alguns filmes inspiradores, pois nos tempos que correm, só uma visão positiva, bastante garra e muita fé nos poderão levar a bom porto.
Com muito carinho vos desejo uma excelente semana, cheia de harmonia, felicidade, paz, sucesso e claro muito AMOR. Bem hajam  e que Deus vos acompanhe.


sábado, 5 de novembro de 2011

Por ti, meu amor





Por  ti...
Aprendi o verbo amar
Aprendi a ler sorrisos
Aprendi a somar abraços
Aprendi a voltar a sonhar
Aprendi o cheiro da chuva
Aprendi a ternura de um olhar
Aprendi que com o tempo tudo muda
Aprendi a fechar os olhos e acreditar
Aprendi a sentir os teus pensamentos
Aprendi a partilhar os meus segredos
Aprendi a respeitar os teus sentimentos
Aprendi a despir-me dos meus medos
Aprendi a força da minha fraqueza
Aprendi a sabedoria do momento certo
Aprendi que o amor é a maior riqueza
que um ser humano ao outro pode dar
que mesmo que o futuro seja incerto
Nós temos sempre o direito a ser amados e a amar
Graceful light




sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Penso em ti




Penso em ti com tal carinho
que o meu olhar enternece
cada vez que penso em ti
E mesmo sem o perceber
sorrio sem razão aparente
num sorriso contente
de quem é feliz assim
Pensar em ti deste modo
enche de cor e melodia
a pauta da fantasia
que rodeia o meu dia
Penso em ti com tal ternura
que de ti só quero a verdade
mesmo que essa me magoe
ou tenha o preço da felicidade
Para mim nada mais peço
do que o direito a sentir
a liberdade do querer
o prazer do descobrir

Graceful light



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Existirá a alma gémea?


Quanto mais penso nisso mais acho provável que não exista uma, mas várias almas gémeas ou que quase se possam chamar de tal. Seres que, como nós, em fases muito idênticas da vida passaram por situações muito semelhantes. Alguém a quem ao perguntarmos algo já quase sabemos a resposta, como se estivesse estado presente todo o tempo da nossa vida.

Sei que muitos associam as almas gémeas ao amor, na sua forma mais pura, perfeita e espiritual , mas existem correntes que dizem o oposto, a alma gémea é em tudo tão semelhante a nós que a partilha é somente espiritual, que por não ter a parte física e os seus conflitos nos dá uma sensação de complementaridade, liberdade e partilha, junto dessa pessoa os silêncios vêm repletos de informação pois só um olhar, um pequeno gesto diz-nos o que o outro sente ou pensa.

Porque penso que existem várias e não somente uma alma gémea, porque em tempos tive uma amigo com o qual senti tudo isso, mas não o amor de casal, sim um amor de irmã, de amiga, éramos tão semelhantes que até aos pais fazia confusão. A vida nos separou, mas ainda hoje me sinto ligada a ele, o não estar perto não é importante pois ele continua vivo e presente no meu coração. Somente peço a Deus que ele esteja bem e seja feliz e se um dia nas voltas da vida o voltar a encontrar só espero reconhecer o ser lindo, único e especial que ele era.

Porque nos últimos dias, por uma brincadeira, entrei em contacto com alguém tão parecido comigo que se torna fascinante descobrir o que temos em comum, num jogo mental, divertido e inocente. Ninguém é dono da razão ou tem certezas no futuro, mas se pudesse ter, diria que fiz um amigo que há muito procurava. Uma alma em muito semelhante à minha, talvez uma nova alma gémea, quem o sabe...


Havendo duas correntes sobre a definição de alma gémea, será que ambas não estarão certas na sua maior parte, não é o sonho de todas nós encontrar alguém que nos complemente de tal modo que adivinhe as nossas mínimas vontades, que nos saiba valorizar e que seja o nosso melhor amigo, companheiro, o ombro amigo nas horas más. 

Acredito que passam na nossa vida várias almas gémeas, para nos dar várias oportunidades, somos seres com um crescimento e evolução emocional ditados por causas internas, externas e únicas,  o momento de maturidade de uma alma pode não coincidir com o da outra, pode não ser o momento certo para o amor, mas o momento exacto para a amizade. Pena é mesmo, quando estamos tão perdidos, desiludidos, envolvidos na nossa vida e medos que deixamos passar essa pessoa sem lhe dar a devida atenção e a hipótese de nos mostrar como essa partilha pode ser especial. Felizmente quando isso acontece, noutro momento da nossa vida, Deus dá-nos uma nova possibilidade.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A necessidade da escolha



Recorrentemente, ao longo da minha vida, nas fases de decisão mais importantes e basilares, sempre me foram apresentadas diversas opções, de facto, em muitos dos casos mais do que as duas normais e obrigatórias.

Aconteceu-me quando entrei pela primeira vez na faculdade (acabei por ser aceite na estatal e em duas Universidades particulares, e em vários cursos diferentes), no trabalho e tantas outras fases ou opções na minha vida.

Toda a escolha tem inerente uma perda, que poderá ser pequenina ou grande, dependendo da situação e da nossa decisão. Deveria haver pistas ou indicações mais claras do caminho a tomar, mas frequentemente só nos é dado o livre arbítrio para o fazer.

No caso da Universidade, sei hoje que foi um erro ter apostado na estatal, ou pelo menos naquele curso, nunca o terminei, acabei por corrigir essa má opção anos depois, mas entretanto dediquei anos e um esforço vão na tentativa de o atingir. 
Para ajudar não tenho mesmo feitio para desistir, o que me levou a arrastar o erro ao ponto de pôr em causa as minhas capacidades. Felizmente lá mudei de curso, e em boa hora o fiz, pois hoje já me encontro a finalizar a segunda licenciatura.




Noutras situações do foro emocional, fosse com a família ou com amigos, ao tomar a minha decisão não fui muito melhor, mesmo sabendo que seria bem provável que não fosse a melhor escolha, mantive-me ligada aos meus princípios, promessas e escolhi pelo dever e razão. Muitas vezes, depois de algum tempo senti que somente eu estava a honrar o compromisso e nada tinha sido como o esperado. 


Duvido por isso, da minha capacidade de fazer esse tipo de escolhas quando Deus na sua infinita bondade me oferece vários caminhos possíveis, umas vezes fico tão indecisa e pondero tanto que o risco de parar e deixar o momento passar é bem real, outras reajo tão impulsivamente que é asneira na certa.


Encontro-me novamente perante um momento desses, não sei bem para onde seguir ou se devo optar por me manter como estou, não existem somente os caminhos possíveis a ponderar, existem também as vidas que essas decisões acabam por tocar e inevitavelmente alterar. Espero que independentemente do que decida, desta vez Deus encaminhe a minha escolha para o caminho que me permita sentir feliz, de bem com a vida e realizada. 





terça-feira, 1 de novembro de 2011

Outono? Só!!! Porque me apetece hibernar?



Quando muda a hora, nesta altura do ano, o meu relógio interno faz um truque e dou por mim querendo dormir bem perto da hora de jantar, fico molinha querendo fazer, mas não fazendo. Dormindo mas sem dormir, a modos que pendendo com o portátil no colo e as horas vão passando.

Sei que o ser humano não hiberna, mas eu acho que ninguém o disse ao meu relógio biológico, assim que os dias se tornam mais cinzentões, chuvosos, ou tristes é um tal ver o meu organismo a ligar o horário de sono, e a desligar a qualquer altura da realidade. Poderia dizer que adoro dormir, mas seria mentira, normalmente quaisquer 4 a 6 horas para mim são suficientes. Qual o poder da mudança de uma hora tem em mim, deveria ser na fome, mas aí não dou por nada, é só mesmo este sinal de bateria gasta, a vontade de ficar até mais tarde no calor aconchegante da cama, no começar a dormitar quando me sento antes mesmo de ter tido tempo para contar o primeiro carneirinho.




Às vezes deixo-me levar por essa preguiça, e enrolo-me na minha manta felpuda qual tigre da sibéria e ali estou quase em estado de meditação, mas como sempre, algo fica por fazer antes de apagar para o mundo, por isso, é imperioso a minha volta, regresso meio ensonada um pouco dançante e pensando que após feitas as tarefas recolho à minha alcova, doce ilusão, mesmo que faça as tarefas meio dormindo em alguma parte o meu ser interno desperta e é vê-lo fresco que nem uma alface e já nem quer pensar em dormir.

Acabo por voltar a dormir já perto das duas da manhã e quando o meu telemóvel toca às seis só me apetece dizer, deixa-me dormir mais um pouco, está tão bom aqui. Fico naquela luta ainda algum tempo, mas sei que tenho de ceder, ter trabalho nos dias de hoje é um milagre, e numa família monoparental essencial para a sua manutenção.


Não vai ser hoje que vou hibernar e me esquecer do Mundo, talvez amanhã, talvez nunca, pois das 24 horas do dia acabo sempre por necessitar de umas 30, mas neste meu resmungar adormecido, pois, porque já estive a dormir um pouco acompanhada dos meus 4 felinos que nesta altura hibernam mesmo, pelo menos 18-20 horas por dia, existe sempre um sorriso, de um ser dengoso e levemente felino que tirou um tempo para se mimar e deixar dormitar no quentinho da sua mantinha, só falta o cacau quente numa caneca a fumegar e a lenha crepitando na lareira mas essa parte do sonho fica para um dia que eu permita novamente a existência de um ser que me complemente na minha vida.