No meu olhar vive a minha alma, calma, a minha saudade do que me fez e faz feliz, e mais do que tudo isso, o meu amor.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Outono? Só!!! Porque me apetece hibernar?



Quando muda a hora, nesta altura do ano, o meu relógio interno faz um truque e dou por mim querendo dormir bem perto da hora de jantar, fico molinha querendo fazer, mas não fazendo. Dormindo mas sem dormir, a modos que pendendo com o portátil no colo e as horas vão passando.

Sei que o ser humano não hiberna, mas eu acho que ninguém o disse ao meu relógio biológico, assim que os dias se tornam mais cinzentões, chuvosos, ou tristes é um tal ver o meu organismo a ligar o horário de sono, e a desligar a qualquer altura da realidade. Poderia dizer que adoro dormir, mas seria mentira, normalmente quaisquer 4 a 6 horas para mim são suficientes. Qual o poder da mudança de uma hora tem em mim, deveria ser na fome, mas aí não dou por nada, é só mesmo este sinal de bateria gasta, a vontade de ficar até mais tarde no calor aconchegante da cama, no começar a dormitar quando me sento antes mesmo de ter tido tempo para contar o primeiro carneirinho.




Às vezes deixo-me levar por essa preguiça, e enrolo-me na minha manta felpuda qual tigre da sibéria e ali estou quase em estado de meditação, mas como sempre, algo fica por fazer antes de apagar para o mundo, por isso, é imperioso a minha volta, regresso meio ensonada um pouco dançante e pensando que após feitas as tarefas recolho à minha alcova, doce ilusão, mesmo que faça as tarefas meio dormindo em alguma parte o meu ser interno desperta e é vê-lo fresco que nem uma alface e já nem quer pensar em dormir.

Acabo por voltar a dormir já perto das duas da manhã e quando o meu telemóvel toca às seis só me apetece dizer, deixa-me dormir mais um pouco, está tão bom aqui. Fico naquela luta ainda algum tempo, mas sei que tenho de ceder, ter trabalho nos dias de hoje é um milagre, e numa família monoparental essencial para a sua manutenção.


Não vai ser hoje que vou hibernar e me esquecer do Mundo, talvez amanhã, talvez nunca, pois das 24 horas do dia acabo sempre por necessitar de umas 30, mas neste meu resmungar adormecido, pois, porque já estive a dormir um pouco acompanhada dos meus 4 felinos que nesta altura hibernam mesmo, pelo menos 18-20 horas por dia, existe sempre um sorriso, de um ser dengoso e levemente felino que tirou um tempo para se mimar e deixar dormitar no quentinho da sua mantinha, só falta o cacau quente numa caneca a fumegar e a lenha crepitando na lareira mas essa parte do sonho fica para um dia que eu permita novamente a existência de um ser que me complemente na minha vida.


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