No meu olhar vive a minha alma, calma, a minha saudade do que me fez e faz feliz, e mais do que tudo isso, o meu amor.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Serás sempre meu amigo

    
    


      Ontem um dos meus amigos deste mundo virtual fez anos, quando tentava memorizar esse dado para mais tarde enviar-lhe uma mensagem, lembrei-me dos vários amigos que tenho ou já tive no mundo real.

     Quantas vezes perdemos amigos, que continuamos a ver como tal, por na época não haver/ ter telemóvel, por o mesmo se ter avariado ou porque na correria do dia a dia, a distância e o silêncio ter-se-ão sobreposto.

       Quantas vezes por algo banal um deles surge no nosso pensamento e sentimos vontade de lhe telefonar, enviar uma carta ou mail, para logo depois descobrir que por alguma razão perdemos o seu contacto ou nunca o chegámos a ter. Mantemos então a ingénua esperança que o iremos encontrar entre milhares de pessoas, para ao fim de alguns minutos percebemos-nos de que embora dentro de nós ele fosse o nosso melhor amigo, o tal com quem quase todos os segredos eram partilhados, na realidade pouco ou nada sabíamos acerca do mesmo. Pois os dados que nos restam são o seu primeiro nome, que tinha uma irmã que estudava medicina, que embora fosse um excelente aluno não tinha terminado o curso e era casado com uma moça muito doce e simples como ele. Dados que embora importantes na altura, nos dias de hoje não deixam sequer conseguir iniciar uma busca no google.

       Nunca mais encontrei o meu melhor amigo da adolescência, só recordo que o nome dele era Rui, dos dados que atrás descrevi e que se não me engano tinha dois nomes quase antagónicos, Alegria Guerra. Continuo alimentando a esperança e o sonho de o encontrar um dia, mas com isso os anos vão passando.

    O mais estranho mesmo é que quando por qualquer motivo passamos alguns dias, semanas, meses sem contactar um amigo e depois por vergonha, inércia, timidez, deixamos passar anos sem lhe falar, e quando o acaso nos torna a juntar ironicamente nos apercebemos que ele sentiu o mesmo. Ficamos felizes por o reaver, mas para apenas o voltar a perder mais a frente.

       E quantas vezes ele mora a poucos metros do lugar onde vivemos, a uma distância de um toque, mas sistematicamente deixamos para amanhã, para um amanhã que parece nunca chegar. A vida permitiu-me reaver alguns amigos de infância, mas como um peluche ou boneco dessa altura, embora os amando tenho-os deixado largados por ai, uns morando perto de mim, outros no local onde morei em pequena, outros ainda no facebook ou à distância de um mail. 



      Tenho de os reaver e cativar, tanto ou mais que os novos amigos que agora faço pelo mundo, serão a minha nova prioridade, pois há anos me guardam no coração com carinho e sem pedir nada em troca. É bem verdade que quando estamos seguros que possuímos o amor ou o carinho do outro nos deixamos levar ao sabor do tempo e esquecemos que quem nos quer bem merece o melhor tratamento, o maior respeito e o máximo de carinho. Minhas amigas Ana's espalhadas por todo o país ( brincadeira? Não, por coincidência quase todas tem esse nome) , declaro-vos que inicio hoje a missão de vos reaver e cativar. Não quero mais deixar correr o tempo, não quero mais arriscar e perder uma de vós por deixar andar e decidir agir tarde demais. 


2 comentários:

  1. Olá

    Obrigado pelo teu comentário.
    De facto, se a vida nos deu algo realmente especial, foram os bons amigos, sem eles, como poderíamos partilhar o nosso dia a dia.
    Qual é a graça de ir ver um filme se depois não existir ninguém com quem comentá-lo no final?
    A nossa vida, é o nosso filme, seria desolador descobrir que não existe ninguém na plateia, batendo palmas nos melhores momentos ou chorando e partilhando aqueles em que o mundo parece nos ter voltado as costas.
    Tudo de bom
    És sempre bem vindo

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