No meu olhar vive a minha alma, calma, a minha saudade do que me fez e faz feliz, e mais do que tudo isso, o meu amor.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Primeiro desejo de 2012: Ser mais paciente


Hoje vai ser difícil para mim, o assunto sobre o qual eu vou  escrever  tem-me  afectado desde sempre, é algo que bloqueia a minha vida e me torna infeliz, e que até hoje não consegui mudar. Quem me conhece acha que sou muito calma, doce, pacificadora a maioria das vezes, voluntariosa, que para me descontrolar é muito difícil, que para mim está tudo bem, e nada nesta descrição é falso, mas...

Também não é toda a verdade, se quero amadurecer, crescer e melhorar o meu eu interior, tenho que admitir que não sou tão calma, nem sempre é difícil me descontrolar, só não o faço facilmente e normalmente, porque guardo esta faceta menos boa para a pessoa que amo. Esta minha faceta não atinge a minha filha, meu pai, irmão, ou amigos. Mas sim, a pessoa que quero em minha vida para sempre, ao meu lado como companheiro, para essa eu sou uma verdadeira caixa de surpresas, um puzzle difícil de entender e montar, a calmaria antes da tempestade, eu consigo assustá-lo e deixá-lo sem saber o que fazer comigo.

Quando amo eu exponho-me, eu não sei mentir, fazer joguinhos, fazer-me difícil para essa pessoa. A pessoa dos meus afectos, sabe tudo o que sinto, o que penso, o que quero, o que faço e assim fico desprotegida. Qualquer palavra, gesto, silencio incompreendido eu crio o meu filme, deixo que os meus medos e insegurança me consumam e antes que a pessoa me deixe, me magoe, sou eu a pôr tudo irracionalmente em jogo, quase a dizer adeus, que já basta, que não quero sofrer, que se não me ama nem precisa ficar.
Porque o faço? Adoraria sabê-lo, não amo assim tão facilmente para destruir relações, sou demasiado difícil de me entregar a este sentimento, o que torna ainda menos compreensível e racional este pôr tudo a perder.

Ás vezes, bastaria esperar só mais umas horas e eu conseguiria racionalmente ver que tinha feito uma tempestade num copo de água, mas não, parece que não descanso enquanto não magoou quem amo e principalmente me magoo a mim, porque depois, fico mesmo muito mal e o outro também não pode ficar feliz. Talvez até me desculpe e sinta que existe ali um fundo de razão nas primeiras vezes, mas depois de repetir isto algumas vezes mais, essa capacidade acaba e não o posso condenar. 

Após esta analise ao meu eu profundo, neste novo ano que aí vem, eu gostaria de conseguir dominar esta minha dificuldade de esperar, a tendência para explodir perante o silencio do outro, de fazer filmes malucos, (devo esclarecer que eu não sou do tipo ciumento, sou mais do tipo que acredita que ninguém gosta de mim, que me podem estar a usar, etc.), de entregar os pontos antes da hora, de sofrer inutilmente. Penso que essa mudança passa por aprender a ser mais paciente. Neste ser paciente, englobo o colocar-me no lugar do outro, o esperar o momento certo para falar, o melhorar pacientemente o meu eu e este meu medo irracional de sofrer e me entregar, de tentar preencher os momentos mais vazios da minha vida para não ter tempo para pensar e tentar encontrar problemas onde só deveria existir felicidade, harmonia, compreensão, confiança e amor.
Vou ler mais sobre yoga e meditação, voltar a pintar (sem técnica, mas feliz), voltar a fazer Reiki e principalmente a fazer mais programas fora de casa.
Quero muito me libertar dos sentimentos e dos ciclos que só causam tristeza e infelicidade na minha vida, sei que tenho uma aliada muito importante, a minha psicóloga, que tem sido incansável e um amor comigo. Só na ultima consulta falei sobre este problema, nunca fui capaz de o fazer antes, mas quanto mais me conheço, mais fácil se torna ver onde falho e o quanto esse falhar me afecta. Foi um ano louco,  este que finda, um verdadeiro e assustador festival de emoções, espero que o novo traga um pouco de acalmia e o meu domínio sobre esta parte menos boa da minha personalidade.





 

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