No meu olhar vive a minha alma, calma, a minha saudade do que me fez e faz feliz, e mais do que tudo isso, o meu amor.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Um mês depois da minha chegada a Londres


Neste mês muita coisa mudou, muita para pior, pouca para melhor e estive num dos momentos em que me senti mais frágil na minha vida, fosse porque voltei doente, fosse porque todo o crescimento e aprendizagem na vida trás com ele uma certa dor, fosse porque perdi alguém que considerava um grande amigo, fosse porque quando voltei sabia que necessitava de começar a iniciar grandes mudanças na minha vida que tinha deixado para trás durante bastante tempo. Ou elas todas no conjunto, A fase pior deu-se principalmente na última semana, que foi daquelas que só dá mesmo para esquecer e nem tentar compreender o que de facto aconteceu. Foi uma semana em que o dom da palavra não me acompanhou, e a tendência para os mal entendidos devido à falta de comunicação tomou proporções incontroláveis com baixas que adorava não ter tido.

Seja porque desde sempre em minha vida não consigo estar muito tempo em baixo, e tenho necessidade de sorrir e brincar nem que seja para levar outra cacetada a seguir, seja porque o dia de Natal se aproxima e Jesus é nessa altura um menino doce que nos ama a todos, e que eu Amo também, eu hoje sinto-me um pouco melhor.

Mas eu acho que a verdadeira razão é outra, é que hoje falei pela primeira vez com a minha amiga que vive no Paquistão e quase vi a sua família toda, foram tão fofos comigo e as crianças tão curiosas que adorei. Claro que não entendo nada de Urdu, mas eu vou aprender, pois combinamos de falar todos os fins de semana. Depois falei com amigos que já não falava a um tempo e  que me fizeram muito bem. O mais engraçado é que hoje recebi um novo pedido de outra garota paquistanesa para falar com ela em Inglês, por isso, vou ter o prazer de conhecer outra moça de lá e melhorar o meu inglês.


Devo explicar que quando falo em amigos eles podem ser homens ou mulheres e que nunca irei mencionar o nome deles, porque este blogue é meu e os meus amigos merecem respeito e direito à sua privacidade.





Voltando então ao primeiro dia em Londres, perante as horas que eram quando finalmente acordei, arranjei-me e desci para ir ter com os meus amigos. Comecei então enquanto andava um pouco a pé a observar as moradias que se encontravam em ambos os lados da rua. As moradias quase todas iguais na mesma correnteza, os tons mais escuros dentro dos vermelhos, castanhos ou pretos e branco completavam a maioria das suas pinturas ou acabamentos e embora de noite era frequente ver salas com a luz acesa e pessoas a ver televisão. Muitas das moradias tem por baixo lojinhas, muitas são bem pequenas e faz pensar como aquele tipo de negócio sobrevive lá quando aqui já quase todo morreu.


Uma coisa em que Londres foi muito boa para mim foi que eu não sentia fome, estava tão entusiasmada que só queria ver tudo. Nesse primeiro dia levaram-me a comer kebabs, pois eu ouvia falar muito nelas mas não sabia bem o que era. Acabei por comer uma de cordeiro e regressar ao hotel. 


Fiquei surpreendida com o tempo que se leva para chegar a qualquer lado, mas como o transporte utilizado era o autocarro e ia sempre no primeiro andar e quase sempre no primeiro banco, podia observar tudo o que estava à volta, foi a melhor forma de conhecer um pouco mais de Londres, desde a zona norte até ao centro. Não sei nomes de nenhuma rua em Português por isso as de Londres ainda sei muito menos. 


Depois do jantar regressei ao hotel para me deitar cedo e dormir para no dia seguinte poder começar realmente a visitar algo. Tinha medo de depois de ter dormido tanto não o conseguisse fazer, mas estava enganada, rapidamente cai no sono.



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