No meu olhar vive a minha alma, calma, a minha saudade do que me fez e faz feliz, e mais do que tudo isso, o meu amor.

sábado, 8 de outubro de 2011

O que achas que ele quis dizer com isto...

   
   Existe algo comum em todo o universo feminino, podemos ser mulheres, jovens ou meninas, mas todas temos o mesmo talento/jeito/mania, o de fazer perguntas como estas: "O que achas que ele quis dizer com isto..." ou "Será que apesar de tudo, ele só não sabe como dizer que gosta de mim?", a amigas, a familiares, todo o cão e gato que se digne a ouvir-nos. Ao fazê-lo, olhamos o outro com um olhar de esperança, como se o mesmo fosse dono de um poder superior, tivesse a resposta algures no bolso, ou melhor numa bola de cristal. Continuamos as perguntas num interrogatório indeterminável, não em busca de respostas mas que o outro diga (provavelmente por cansaço) o que dentro de nós ansiamos.

   Em relação a esta tendência, só consigo encontrar paralelo num anúncio ás Wiskas saquetas, por mais que o outro fale, só ouvimos o que nos interessa e agrada, fora do contexto e até ficamos magoadas se nada do que foi dito se aproveitar para esse fim. 


    Porque será que a nossa amiga não diz por desistência e antes de ficar louca "Ele adora-te, não pode viver sem ti, e tens sorte, ele é o príncipe no meio de sapos, e é só teu, só pediu um tempo porque não sabia mais onde guardar tanto amor, e o beijo que viste na outra, foi ela, a louca que o atacou, ele nem queria nada com ela.......e vocês ainda vão casar e viver felizes para sempre".

   Também temos dias que ouvimos, aceitamos tudo, saímos de lá com a alma de rastos, dizemos que iremos seguir à risca e realmente assim tentamos, mas depois de umas horas a sentirmo-nos miseravelmente jogamos a razão para o espaço e lá ligamos pela 999999 vez para ele, pelo menos sempre temos a chance de o vencer pelo cansaço.

  Talvez seja esta a qualidade que melhor nos define, assim que escolhemos um desgraçado/felizardo (upps, estou só a brincar), realmente somos a definição de persistência, lutamos até não haver mais nada porque lutar, tentamos encontrar sinais em todas as pequenas coisas e o melhor/ou pior conforme o caso, às vezes somos premiadas e lá levamos o exemplar único para casa.


   Se amei? Demais, eu não amava, eu idolatrava. Se fiz tudo isto? Sim ou ainda mais, só nunca joguei baixo, de resto, por esse alguém que considerei ser imprescindível na minha vida, eu me reinventei várias vezes, tentei encontrar n-razões para justificar os seus actos e só quando a felicidade e bem estar de um ser pequenino que adoro esteve em causa é que ganhei a coragem (a decisão mais dolorosa) de desistir. 

   O que aprendi, se interessar a alguém, é que quando rastejamos e imploramos um pouco de atenção é porque o nosso amor próprio está muito em baixo ou não existe. Esse sentimento que nos faz sentir tão miseráveis não é amor, é dependência, é medo do amanhã, de ficar só.
  Que quanto mais medo temos de perder o outro e o achamos melhor que nós, mais possibilidade temos de o ver acontecer, afinal se nem nós nos amamos como puderam os outros se sentirem atraídos/interessados por nós. 
   Que iremos sobreviver se tudo terminar, pois amanhã sempre será um novo dia. Que quando só restamos nós, não estamos realmente sós, Deus que tudo sabe e vê, sabe o quanto isso é necessário na nossa aprendizagem e felicidade. Ele sabe que mais à frente algo realmente bom acontecerá na nossa vida provando que estávamos erradas e que sempre é possível aprender a amar novamente. 

    Mas mais que isso, aprendi que a felicidade não está nos outros mas em nós próprios e o modo como vemos e damos valor às pequenas maravilhas que a natureza e a vida nos oferece. Hoje nada é garantido, mas sou muito, mas mesmo muito mais feliz.


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